30 de set. de 2010

Swans - My Father Will Guide Me Up A Rope To The Sky


A Swans finda o hiato de treze anos que vinha se formando desde o lançamento de Soundtracks For The Blind, em 1996, álbum que serviu como prelúdio para a turnê de despedida da banda. Michael Gira reuniu antigos membros da Swans e alguns distintos convidados para gravarem My Father Will Guide Me Up a Rope To The Sky. Dentre os convidados encontramos Devendra Banhart e Grasshopper (pseudônimo de Sean Mackowiak da banda Mercury Rev). A serenidade dança inclemente reexaminando de modo sardônico a anatomia pungente do corpo sonoro criado pelos Swans em seu último trabalho. A filha de Gira, com apenas 3 anos de idade, faz uma participação no álbum cantando uma parte de You Fucking People Make Me Sick junto com o Devendra Banhart. Para a tristeza de muitos a Jarboe não está na lista dos antigos membros da banda convidados para gravar o álbum.

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- Biu -

26 de set. de 2010

Dilute - Grape Blueprints Pour Spinach Olive Grape


Os californianos da Dilute lançaram em 2001 o álbum considerado por muitos seu magnum opus: Grape Blueprints Pour Spinach Olive Grape. Certamente a voz nasalada de Marty Anderson com um leve acréscimo de drive nos falsetes e um instrumental, com melindrosos e brandos bpms, composto pelas guitarras com brilho enfático de Anderson e Ian Pellicci, o baixo precisamente comedido de Colla e a bateria convulsivamente etérea de Jay Pellicci tornam a Dilute uma banda especial dentre tantas outras do gênero math rock ao qual os músicos eram associados. De modo geral as composições de Grape Blueprints Pour Spinach Olive Grape são mais esótericas do que as do primeiro álbum da banda The Gypsy Valentine Curve. Há uma sensação de serenidade incrustada nas faixas somada com leves espamos de agressividade, causando uma impressão ora melancólica ora jubilosa. Um pouco tempos depois do lançamento Marty Anderson foi diagnosticado com Doença de Crohn e a banda encerrou as suas atividades. Após o término, os outros membros participaram de outras bandas como 31knots, Crime in Choir e até mesmo do projeto solo de Anderson, Okay, iniciado após a sua melhora.

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- Biu -

13 de set. de 2010

The Durutti Column - Dry

Durutti Column é uma banda inglesa lançada pela lendária gravadora independente Factory. Tal gravadora foi responsável por uma verdadeira revolução na música pop ao longo dos anos 80.


Anos antes, o mundo havia conhecido o fenômeno chamado punk que foi particularmente influente na ilha, mas foi justamente na transformação que esse estilo "sofreu" que fez da Factory uma das mais bem sucedidas gravadoras, lançando grandes sucessos como Joy Division, New Order, Happy Mondays e o próprio Durutti Column.

Inserido no contexto do pós-punk que foi uma guinada do estilo antecedente para temas mais introspectivos, com um tom mais melancólico e de arranjo mais experimental, esta banda seguiu em vanguarda, podendo ser considerada como uma das referências primais de diversas outras que anos mais tarde entrariam no circuito do rock alternativo.

Observação: A faixa 11, Otis, está presente na trilha sonora do filme 24 Hours People Party, filme que conta a história da gravadora de Manchester, e que inclusive nele, um personagem que interpreta Vini Reilly, toca uma música na Haçienda, igualmente lendária casa de shows pertencente a Factory.

D.D.





26 de ago. de 2010

Nick Drake - Bryter Layter


Nick Drake nasceu em 19 de junho de 1948 em Rangum na antiga Birmânia e morreu no dia 25 de novembro de 1974 de uma overdose do medicamento antidepressivo amitriptyline na casa de seus pais. Drake, quando criança, foi incetivado pela mãe a aprender a tocar piano, na época em que estudou na escola Marlborough pode aprender a tocar clarinete e saxophone, ainda na escola um amigo o ensinou a tocar violão, instrumento que o acompanhou durante toda a carreira. Aos 20 anos assinou com o selo Island Record e lançou seu primeiro álbum Five Leaves Left em 1969. Bryter Later foi lançado um ano depois e o seu último álbum, pink moon, em 1972. Bryter Later conta com a presença de alguns integrantes da banda Fairport Convention(Dave Pegg no baixo e Dave Mattacks na bateria) e de John Cale (que tocou viola e cravo na faixa Fly e celesta, piano e orgão em Nothern Sky) na gravação do álbum. Bryte Later apresenta vários traços de arranjos de jazz na composição das músicas, traço que inclusive foi criticado na época pelo jornal inglês de música Melody Maker, que descreveu o álbum como "uma mistura de folk e uma desagradável fusão jazzística", e ao mesmo tempo elogiado pelo o jornal semanal de música Record Mirror que se referiu a Drake como como "um ótimo violonista, límpido, e acompanhado com suaves e maravilhosos arranjos".
Nenhum álbum de Drake foi um sucesso comercial na época, o Bryter Layter, por exemplo, vendeu menos de 3 mil cópias.Poucos foram os concertos, eles eram geralmente breves, desagradáveis, e sem a atenção do público. Drake parecia disposto apenas a tocar as suas canções e raramente abordava sua platéia. Como muitas de suas canções necessitavam de uma afinação diferente, ele parava o concerto entre uma música e outra para afinar seu instrumento e depois tocava a próxima canção. Bryter Layter começa com uma introdução instrumental com violão, cordas e percussão e termina com Sunday, outra faixa instrumental, com uma instrumentação um pouco diferente: além de violão, cordas e percussão, há também uma flauta e um orgão. Situadas entre estas duas elegantes faixas instrumentais, as faixas restantes são todas insufladas pelos suaves vocais de Drake, evocando uma atmosfera calma e enigmática. Ha pouco espaço para o óbvio apelativo apesar da simplicidade de suas músicas. Bryter Layter é visto como o álbum com as canções mais otimistas de Nick Drake.

Hey slow Jane, live your lie, slow, slow Jane, fly on by.

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- Biu -

6 de mai. de 2010

xCarahterx - O intenso desespero sobre a decadência humana

Ontem, ao mexer nas minhas coisas, encontrei muito material interessante. Curiosamente, também ontem, numa conversa de bar, falávamos sobre coisas boas da cena HC/punk/metal do Brasil, então lembrei do nome Carahter, que durante muito tempo considerei, "a banda" no Brasil.
Possuidores de um nível técnico elevado, que se evidencia através de referências ao Neurosis e Isis, xCarahterx fez algo realmente novo na cena na nacional, recebendo destaque em revistas especializadas (Rock Bridage e Road Crew em 2001), e também, por ocasião do lançamento de sua primeira demo, do caderno Folha Teen, da Folha de São Paulo.

D.D.

http://www.mediafire.com/?mnmjnntngon

21 de abr. de 2010

Nuno Mindelis - Texas Bound

Recentemente, tive conhecimento de dois dos principais nomes do blues nacional: Flávio Guimarães e Nuno Mindelis. Há alguns dias, fiz uma postagem sobre o primeiro no outro blog que organizo, o Jossa Blog, já citado anteriormente. Todavia, não apresentei nada do segundo artista. A fim de não deixá-lo esquecido e mostrar alguma contribuição neste blog após um bom tempo, apresento a obra Texas Bound.
Nuno Mindelis nasceu na Angola. Contudo, uma vez que mora há muitos anos no Brasil, apresenta-se como um guitarrista brasileiro. Já rodou o mundo inteiro divulgando seu trabalho, chegando a tocar com o Double Trouble e Stevie Ray Vaughan por um período. Texas Bound é o segundo álbum de Nuno e conta, conforme podemos ler na capa, com o baixista Tommy Shannon e o baterista Chris Layton. Só esclarecendo: estes são os membros fundadores do Double Trouble; e esta, por sua vez, foi a banda de apoio de Stevie Ray Vaughan.
Enfim, dá pra perceber que o rapaz não é pouca coisa mesmo!!! Espero que curtam...

-V.S.-

http://www.mediafire.com/?ytyidfnf2jv

1 de abr. de 2010

Katatonia - Dance of December Souls

Ontem estive numa festa na casa de outro bolorento daqui (V.S.), em algum momento da festa iniciou-se uma discussão sobre gêneros e sub-gêneros de metal, até que o nome do doom metal foi tocado.


Algumas dessas divisões me parecem bastante questionáveis, mas há características em certos sons que não se vê em outros artistas do meio. Em geral, o doom metal é assim: um som lento e arrastado, melancólico e com uma atmosfera sombria. Talvez outras características se adicionem ao tema. Quanto às letras, em geral falam sobre depressão e suicídio, mas não é apenas isso.

Esse álbum da banda sueca Katatonia reúne alguns desses elementos, senão todos. É importante se observar que esse álbum é o primeiro deles (de 1993) , estando inserido na melhor fase da banda.

D.D.

25 de mar. de 2010

Geraldo Vandré - Canto Geral

Após um tempo afastado do bolor, retorno com um dos mais brilhantes compositores da música popular brasileira, Geraldo Vandré.


Esse ilustre paraibano, uma sombra remota da nossa música, marcou uma geração. Suas músicas alcançavam facilmente as primeiras posições nos antigos festivais, além de terem se tornado hinos de uma juventude oprimida pelo governo militar dos anos de 1960 e daí em diante.

Caçado e obrigado a exilar-se, Vandré representa o início combativo da classe de artistas contra a repressão, inspirando outros que vieram a seguir seu exemplo.

"Me pediram pra deixar de lado toda a tristeza, pra só trazer alegrias e não falar de pobreza. E mais, prometeram que se eu cantasse feliz, agradava com certeza. Eu que não posso enganar, misturo tudo o que vivo. Canto sem competidor, partindo da natureza do lugar onde nasci. Faço versos com clareza, à rima, belo e tristeza. Não separo dor de amor. Deixo claro que a firmeza do meu canto vem da certeza que tenho, de que o poder que cresce sobre a pobreza e faz dos fracos riqueza, foi que me fez cantador." (Geraldo Vandré - Terra Plana).

Recomendo ouvir também o grupo Quarteto Novo.

D.D.

24 de jan. de 2010

Flora Purim - Open your eyes, you can fly

Há alguns meses, fiz uma postagem em outro blog que também organizo, Jossa Blog, apresentando uma excelente cantora brasileira, que infelizmente nunca alcançou fama no país: Flora Purim. Hoje, atendendo a pedidos, disponibilizo aqui uma de suas melhores obras: Open your eyes, you can fly.
Flora Purim iniciou sua carreira com os artistas da bossa nova. Todavia, não obteve grandes resultados em tal estilo. Anos depois, acompanhada de seu marido Airto Moreira, viajou para os Estados Unidos e investiu em sua carreira no jazz. No exterior, o ritmo de suas canções, carregadas de batidas latinas, encantou milhões de pessoas, tornando Flora uma das melhores cantoras de jazz e permitindo que ela ganhasse vários prêmios pelo seu trabalho.
Tal reconhecimento não se deu sem motivos obviamente: detentora de uma belíssima voz, Flora Purim sempre buscou os melhores músicos para acompanhá-la. Além de Airto Moreira, que a acompanha desde seu segundo trabalho, Flora já foi acompanhada por outros grandes nomes: Dom Um Romão, J. T. Meirelles, Rosinha de Valença, Wagner Tiso, Stanley Clarke, Carlos Santana, Jaco Pastorius etc.
O álbum aqui apresentado não é exceção. Entre os músicos que participam de tal obra, podemos citar: Ron Carter, David Amaro, George Duke, Hermeto Pascoal, Egberto Gismonti e, é claro, Airto Moreira. Na verdade, temos aqui um grupo de músicos que se conhecem bastante; os mesmos já haviam participado, em conjunto, de diversas outras obras. Tal interação permitiu que todos os trabalhos realizados pelo grupo alcançassem uma alta qualidade, garantindo o sucesso destes no exterior.

-V.S.-

http://www.mediafire.com/?kdo2q1mzy1z

21 de jan. de 2010

Jagga Jazzist - One-Armed Bandit

Jagga Jazzist é um coletivo sonoro Noruêgues, encabeçado pelos irmãos Martin e Lars Horntveth ( que também participam da banda norueguesa The National Bank), que mistura um pouco de jazz, com um pouco de música eletrônica e com um pouco de rock. A banda Jagga Jazzist costuma ser associada ao rótulo "nu jazz", que surgiu quando alguns jazzistas nos anos setenta, entre eles: Herbie Hancock e Miles Davis, começaram a misturar elementos eletrônicos ao Jazz. É da fusão destes três estilos musicais, que se decantaram e se mistuaram tanto com o passar do tempo, que os Jagga plasmaram sua sonoridade. A evolução não linear destes três segmentos da música, sobretudo do jazz, nos deixam reticentes quanto às condições de possibilidade de uma taxação precisa. Podemos até dizer que esses segmentos se ramificaram em forma de leque em vários momentos da história, propocionando uma sensação de desorientação ao percebermos a presença concomitante de conjuntos musicais/músicos situados num mesmo período e agrupados sob a mesma etiqueta e que soam de modo tão diverso. O que nos permite amontoar um bocado de coisas sob o mesmo conjuto ? Se os seus epifenômenos são inacessíveis, que intuição é essa que tenho ao agrupá-los? Que relação entre uno e múltiplo permite tal expansão?
http://hotfile.com/dl/25174527/dfeaa6f/ondearmedbandit.zip.html
- Biu -

16 de jan. de 2010

John Coltrane - Om


Gravado três meses apos a gravação do álbum Ascension, Om é uma clara referência a silába sagrada dos hindus cujo sentido oscila entre o infinito e o universo. O próprio Coltrane descrevia Om como: a primeira sílaba, a primeira palavra e como palavra de poder. Eis o sentido de Om nas palavras do Coltrane: "Om means the first vibration - that sound, that spirit that sets everything else into being. It is the Word from which all men and everything else comes, including all possible sounds that man can make vocally". É sob este signo que Coltrane emprega uma liberdade timbrística e melódica ímpar. O primeiro impulso da infidável exploração.
- Biu -

11 de jan. de 2010

Lotus Eaters - Mind Control for Infants


Segundo álbum da banda formada pelo trio: Aaron Turner, Stephen O'Malley e James Plotkin. Mind Control for Infants, lançado em 2002 pelo selo Neurot Recordings, é resultado de uma aspiração por uma expressividade inserida nos campos da música eletroacústica. A liberdade de timbres possibilitada pela música eletroacústica surge no trabalho do trio de modo lento, como as mudanças que ocorrem nos matizes de cores do céu durante o ocaso. Talvez seja um portefólio interessante para sinestésicos.

http://hotfile.com/dl/23848965/0dd36e3/Lotus_Eaters_-_Mind_Control_For_Infants.rar.html

- Biu -